
Bartholomeu
Wiese
"O que hoje é distante, amanhã pode ser próximo;
é apenas uma questão de capacidade de se aproximar.
A transformação da música tem seguido esse curso,
incluindo, no domínio dos recursos artísticos, um número
cada vez maior de possibilidades de complexos já existentes
na constituição do som."
Arnold Shoenberg
Aplicabilidade do Dedo Mínimo da Mão Direita
A pesquisa, recentemente apresentada como tese de doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO, tem como objetivo analisar a aplicabilidade do dedo mínimo da mão direita no Concertino n. 2 para violão e orquestra de Radamés Gnattali. No manuscrito da obra solicita-se do intérprete a utilização do dedo mínimo, técnica violonística não usual. A pesquisa investiga também as possibilidades do uso do mínimo da mão direita em outras obras de Gnattali e em obras de outros compositores. Apresenta um histórico da técnica violonística da mão direita, com ênfase nos autores que a utilizaram. Sugere um conjunto abrangente de situações técnicas inéditas que propiciam nas performances a utilização do 5 da MD.
Apresenta três obras escritas especialmente para a tese que exploram o uso do mínimo da mão direita, em que houve troca de informações entre intérprete e compositor. São obras de Ricardo Tacuchian, Melodia dos Cinco Irmãos; de Arturo Medina, Chacarera con el cinco; e de Luiz Otávio Braga, Divertimento a cinco (algumas no formato media player, abaixo). O objetivo destas obras foi comprovar os benefícios para a técnica e a performance violonísticas. Como referenciais prático e teórico foram utilizados, respectivamente, os métodos de Domingo Prat e Charles Postlewate, além dos conceitos de Pierre Bourdieu e Theodor Adorno. A tese apresenta ainda uma redução para violão e piano do Concertino n. 2 e do Concerto n. 4, de Radamés Gnattali, além de DVD e CDR, brevemente disponibilizada no site da UNIRIO.
Melodia dos Cinco Irmãos, Ricardo Tacuchian
Chacarera con el Cinco, Arturo Medina
Estúrdio I, Luiz Otávio Braga